segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Garotas e bananas, uma feliz combinação



Banana é uma pseudobaga da bananeira, uma planta herbácea vivaz acaule da família Musaceae (género Musa – além do género Ensete, que produz as chamadas “falsas bananas”). Banana é o quarto produto alimentar mais produzido no mundo, após arroz, trigo e milho. São cultivadas em 130 países. Originárias do sudeste da Ásia, são atualmente cultivadas em praticamente todas as regiões tropicais do planeta.
Vulgarmente, inclusive para efeitos comerciais, o termo “banana” refere-se às frutas de polpa macia e doce que podem ser consumidas cruas. Contudo, existem variedades de cultivo, de polpa mais rija e de casca mais firme e verde, geralmente designadas por plátanos, banana-pão ou plantains, que são consumidas cozinhadas (assadas, cozidas ou fritas), constituindo o alimento base de muitas populações de regiões tropicais. A maioria das bananas para exportação é do primeiro tipo, ainda que apenas 10 a 15% da produção mundial seja para exportação, sendo os Estados Unidos e a União Europeia as principais potências importadoras.
As bananas formam-se em cachos na parte superior dos “pseudocaules” que nascem de um verdadeiro caule subterrâneo (rizoma ou cormo) cuja longevidade chega a 15 anos ou mais. Depois da maturação e colheita do cacho de bananas, o pseudocaule morre (ou é cortado), dando origem, posteriormente, a um novo pseudocaule.
As pseudobagas formam-se em conjuntos (clusters) com até cerca de vinte bananas (cada conjunto é uma “penca”). Os cachos de bananas, pendentes na extremidade do falso caule da bananeira, podem ter 5 a 20 pencas e podem pesar de 30 a 50 kg. Cada banana pesa, em média, 125g, com uma composição de 75% de água e 25% de matéria seca. Bananas são fonte apreciável de vitamina A, vitamina C, fibras e potássio.
Ainda que as espécies selvagens apresentem numerosas sementes, grandes e duras, quase todas as variedades de banana utilizadas na alimentação humana não têm sementes, como frutos partenocárpicos que são, exceção feita à espécie Musa balbisiana, comercializada no mercado indonésio, excepcionalmente com sementes.
Devido ao elevado teor de potássio em sua composição, as bananas são levemente radioativas, mais do que a maioria dos outros frutos. Isso se deve à presença do isótopo radioativo potássio-40 (40K), regularmente distribuído no potássio ocorrente na natureza, apesar de que o isótopo comum, potássio-39 (39K), seja não-radioativo. Por esta razão, os ambientalistas em energia nuclear, por vezes, costumam referir-se à “dose equivalente em banana” de radiação para apoiar seus argumentos durante debates em congressos e encontros sobre a matéria. Embora a radioatividade da banana seja muito leve, todavia, grandes carregamentos da fruta em navios podem ser suficientes para disparar detetores ou sensores de radiação em determinadas circunstâncias.

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